Monday, September 18, 2006

Pra falar a verdade hoje só estou escrevendo pra tentar me acostumar. Estou ouvindo: Eu nasci há dez mil anos atrás - Raul Seixas, maravilhoso, estou num momento Raul. Sou assim, qdo quero ouvir alguma canção ouço até doer o ouvido. Estou de novo tentando entender a Bíblia, não consigo entender como tanta gente acredita fielmente, 100%, que seja palavra de Deus. Gente tem muito absurdo escrito ali se for pra dizer que foi Deus quem mandou fazer aquilo. Não dá...

Saturday, September 16, 2006

Composição: Raul Seixas/Paulo Coelho/Eládio Gilbraz
Assim comoTodas as portas são diferentes/AparentementeTodos os caminhos são diferentes/Mas vão dar todos no memso lugar/SimO caminho do fogo é a água/Assim comoO caminho do barco é o porto/O caminho do sangue é o chicote/Assim como/O caminho de reto é o torto/O caminho do risco é o sucesso/Assim como/O caminho do acaso é a sorte/O caminho da dor é o amigo/O caminho da vida é a morte.

Friday, September 15, 2006

Fui ao médico hoje. Médica, pra ser mais exata, psiquiatra pra ser mais exata ainda. Estou em tratamento por mais de um ano. Melhorei muito, mas não sei se gosto de tomar esse remédio, não sei se gostaria de tomá-lo por muito mais tempo. Estou engordando de novo. Não chega a ser uma preocupação exagerada (só na hora de tentar entrar na calça jeans), mas também não gosto de ficar gorda. Sinto-me mal, mas adooooro comer, e não tenho feito caminhadas mais com a mesma frequência. TÔ COM PREGUIÇA! Coisa feia, mas é verdade...

No caminho de volta, antes de voltar a ser a dona-de-casa, mãe, mulher, fui acometida por algumas alucinações que tiva medo de não conseguir escrevê-las qdo finalmente chegasse em casa, e só agora, depois da faxina, dos filhos na escola, da novela da tarde, da soneca no sofá é que me lembrei e estou aqui para tentar recuperar o que pensei. Tive saudade, guiada é verdade, imitada de alguns textos que já li, mas não deixou de ser saudade. Saudade das portas de antigamente, ao invés do "olho mágico" tinham uma portinhola, geralmente com grades e vidros em que a pessoa de dentro da casa não podia se esconder de quem chegava. Se alguém chegasse e o dono da residência fosse até a sala ver quem patia palmas (é, campanhia era coisa pra poucos) a pessoa que estava fora via a sombra do dono da casa. Não dava pra fingir que não estava. Aí mesmo sem querer, recebia-se a visita e espantava-se a solidão, o marasmo. Senti saudade também das crianças brincando na rua até nove, dez horas da noite. Era eu a criança, ainda que por pouco tempo (depois falo porque). Sem banho, descalça, correndo sem ser viciada em tv, em computador. Não precisava de nada de disso, só correr e tentar salvar a bandeirinha, ou não se deixar pegar pelo companheiro. Saudade das crianças com braços quebrados por subir em árvores, dos dedões amarrados com pano por ter chutado uma pedra ao invés da bola, das casas grandes em que a porta da casa estava sempre encostada e a gente chegava e ia gritando: ô de casa! A minha casa sempre foi assim, geralmente minha mãe estaria no fundo do quintal molhando plantas, ou tomando um cafesinho e provavelmente eu estaria com ela. Estava sempre atrás dela. Eu e os cachorros da casa. A minha mãe sempre com histórias tristes sobre sua infâcia, sua vida, e eu sempre querendo ouvir mais de uma vez, embora ficasse sempre muito triste tbém. A mim me parece que ela sempre foi triste, e por um certo tempo eu tbém, embora a minha tristeza sempre foi interior. As pessoas que convivem comigo têm um outro olhar sobre mim. Acham que sou alegre, bricalhona, o que sou mesmo, mas por um tempo não fui assim qdo estava em minha compania. Disso não tive saudade. Talvez fosse adolescência, talvez fosse começo de depressão, vai saber...
Como estou falando em saudade, as que tive mais cedo, acabei ficando com saudade dos meus cães. Meus amigos, companheiros. Senti a presença do Pluto e evidentemente da Monique pois ele nunca mais esteve sozinho depois que se casou com ela, nem se quisesse ela não o deixa. Não senhor! Casou, agora tem que suportar, aguentar ela o limpando o tempo todo. Tive muita saudade de qdo estou com eles, de qdo estou na casa da minha mãe, da minha mãe...

Thursday, September 14, 2006

Comecei hoje um projeto de blog ou diário que gosto mais das palavras em meu idioma. Espero aprender a lidar com esse trem e fazer logo grandes alucinações